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Vacina da gripe: o que muda em 2021 

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A campanha de vacinação contra a gripe acontecerá junto com a da Covid-19. Saiba quem deve tomar e quais são os cuidados necessários em um ano de pandemia.

Além da Covid-19, as ações de imunização para outras infecções continuam no Brasil. No dia 12 de abril de 2021, começa a 23ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe — e há inclusive orientações específica por causa do coronavírus, como falaremos mais adiante. Ela deve se estender até o 9 de julho.

Conforme definido no informe técnico do Ministério da Saúde, o objetivo é vacinar pelo menos 90% do público-alvo, que totaliza mais de 79,7 milhões de pessoas, até 9 de julho de 2021. Em 2020, a ação chegou superar essa meta, atingindo 95,7% do grupo prioritário.

Veja abaixo o que você precisa saber sobre a campanha de vacinação da gripe de 2021:

Quem deve tomar a vacina da gripe? No ano passado, adultos de 55 a 59 anos foram incluídos entre o público-alvo. Mas, em 2021, eles deixaram de integrar os grupos prioritários. As doses serão oferecidas para idosos com mais de 60 anos e a outras turmas. Confira a lista completa de quem que pode se vacinar gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS):

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade

  • Gestantes e puérperas 

  • Povos indígenas

  • Trabalhadores da saúde

  • Idosos com 60 anos ou mais

  • Professores das escolas públicas e privadas

  • Indivíduos com deficiência permanente

  • Profissionais das forças de segurança e salvamento (bombeiros, policiais…)

  • Forças armadas

  • Caminhoneiros

  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário

  • Trabalhadores portuários Funcionários do sistema prisional

  • Jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas

  • População privada de liberdade

  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (leia mais abaixo)

Veja quais doenças crônicas permitem a vacinação pelo SUS:

  • Diabetes

  • Obesidade

  • Doenças respiratórias crônicas (asma, DPOC, fibrose cística…)

  • Doenças cardíacas crônicas (hipertensão, insuficiência cardíaca…)

  • Doenças hepáticas crônicas (hepatites, cirrose…)

  • Doenças neurológicas crônicas (AVC, paralisia cerebral, esclerose múltipla…)

  • Imunossupressão (pessoas com o sistema imunológico prejudicado por enfermidades ou medicamentos)

  • Indivíduos transplantados

  • Portadores de trissomias (Síndrome de Down, Síndrome de Klinefelter…)

Em campanhas anteriores, as vacinas que sobraram foram distribuídas para o resto da população. Fique de olho no noticiário. A aplicação em geral é feita com só uma dose. Porém, para as crianças, serão duas picadas, com intervalo mínimo de quatro semanas. Se essa for a primeira imunização dos pequenos, as duas são dadas juntas.

Quais as fases da campanha e em que ordem a vacina será distribuída?

Todo esse pessoal será atendido de forma escalonada. A vacinação contra a gripe será dividida em três etapas, com datas recomendadas pelo Ministério da Saúde. Cidades e estados têm liberdade para fazer ajustes, de acordo com a situação local.

1. A partir do dia 12 de abril: crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores de saúde

2. A partir do dia 11 de maio: idosos com 60 anos ou mais e professores

3. Do dia 9 de junho e até o 9 de julho: pessoas com comorbidades ou deficiências permanentes, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, trabalhadores portuários, membros das forças de segurança e do exército, funcionários do sistema prisional, jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

Haverá ainda um Dia D — um sábado em que postos de saúde e vários outros locais (shoppings, parques, estações de metrô etc) aplicam a vacina da gripe, para turbinar a campanha de imunização. Essa data não foi estabelecida: o informe técnico afirma que estados e municípios têm liberdade para defini-la de acordo com seus critérios. 

E quem não faz parte do público-alvo?

O governo prioriza certos grupos por uma questão financeira. Mas pessoas fora dessas turmas também se beneficiam da vacinação contra a gripe. Em um sistema sobrecarregado pela Covid19, proteger-se do vírus Influenza evita idas desnecessárias ao hospital. Fora que essa doença pode ser letal.

Se for possível, recomenda-se buscar a injeção em clínicas privadas.

O que vai dentro da vacina?

Todo ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) investiga quais são os tipos de vírus Influenza que estão circulando pelo mundo para definir as cepas que a vacina daquele período vai combater. É por isso que o imunizante precisa ser dado anualmente.

São produzidas uma versão para o hemisfério Norte do planeta e outra para o Sul – onde está o Brasil. As cepas contempladas na vacina trivalente da gripe de 2021 do nosso país são:

● A/Victoria/2570/2019 (H1N1) pdm09;

● A/Hong Kong/2671/2019 (H3N2);

● B/Washington/02/2019 (linhagem B/Victoria)

Esse é o imunizante disponível na rede pública. Já nas clínicas particulares, também dá para encontrar a vacina tetravalente. Além de resguardar contra as três cepas citadas acima, ele ainda evita a do tipo B/Phuket/3073/2013 (B/Phuket/3073/2013, tipo selvagem).

A vacina tem contraindicações?

As únicas pessoas que não devem recebê-la são bebês menores de 6 meses e indivíduos com histórico de choque anafilático após doses anteriores. Recomenda-se que quem estiver com uma infecção que cause febre, por mais leve que seja, espere-a passar para receber a injeção. Isso para que uma eventual febre baixa disparada pela vacina não seja confundida com a doença.

Mas que fique claro: as doses não podem causar a gripe, porque são produzidas a partir de vírus inativados. Suas reações adversas, quando surgem, são leves e muito bem toleradas.

Caso você tenha desenvolvido síndrome de Guillain-Barré até 30 dias depois da vacinação do ano passado, procure um médico para ele avaliar seu quadro e verificar se é melhor levar a picada ou não.

Ah, e quem possui alergia a ovo pode ir ao posto de saúde normalmente. O Ministério da Saúde orienta apenas que, se sua reação alérgica for muito intensa a esse alimento, a administração ocorra em ambiente adequado para tratar possíveis manifestações alérgicas graves.


Posso tomar a vacina se eu já peguei o coronavírus?

Não existe nenhuma evidência de que o Sars-CoV-2 influencie na eficácia ou na segurança da vacina contra a gripe. Se você já se curou da Covid-19, pode se imunizar tranquilamente.

Agora, o ideal é que pessoas que estejam infectadas com o coronavírus naquele momento (ou com suspeita) aguardem a recuperação clínica total com pelo menos quatro semanas de distância do início dos sintomas antes de buscar a dose contra o vírus Influenza.

Isso para não haver confusão entre os sintomas da Covid-19 e alguma reação da vacina. E também para proteger pessoas que estão aplicando e recebendo as doses.


Posso tomar a vacina da gripe junto com a da Covid-19?

Devido à falta de estudos investigando os efeitos das interações entre os dois imunizantes, por ora o Ministério da Saúde sugere que não sejam aplicados simultaneamente.

A orientação do governo é que, caso a data de receber as duas vacinas coincida, a do Sars-CoV-2 seja priorizada e o paciente agende o dia de receber a da gripe com um intervalo mínimo de duas semanas. Esse agendamento ficará por conta da gestão de cada cidade.


Fonte: Veja Saúde Abril Por Maria Tereza Santos Atualizado em 18 mar 2021 

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